O diabetes é uma doença crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo crianças e adolescentes. No contexto pediátrico, existem dois tipos principais de diabetes: tipo 1 e tipo 2.
Neste artigo, vamos explicar sobre essas duas formas da doença e discutir como identificar os primeiros sinais em crianças.
Diabetes tipo 1
O diabetes tipo 1 é uma condição autoimune em que o sistema imunológico do corpo ataca as células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. A insulina é um hormônio vital que regula os níveis de açúcar no sangue. Quando as células beta são destruídas, o organismo não produz insulina suficiente, resultando em altos níveis de glicose no sangue.
Esse tipo de diabetes geralmente é diagnosticado na infância e requer o uso diário de insulina para o controle adequado. Além disso, uma alimentação equilibrada e a prática de atividades físicas também são essenciais nesse controle.
Diabetes tipo 2
Apesar de ser menos comum, crianças que possuem hábitos de vida pouco saudáveis, como uma dieta rica em doces, massas, frituras e refrigerantes, podem desenvolver o diabetes tipo 2. Nesse caso, o organismo não consegue utilizar efetivamente a insulina que produz, resultando em níveis elevados de açúcar no sangue.
O diabetes tipo 2 pode ser controlado com medidas como dieta balanceada, atividade física regular e medicamentos.
Sintomas iniciais
A identificação precoce dos sinais de diabetes pediátrico é essencial para um tratamento adequado e para evitar complicações a longo prazo. Alguns dos sinais de alerta incluem:
Sede e micção excessivas
Crianças com diabetes podem sentir sede intensa e urinar com frequência, devido ao aumento dos níveis de glicose no sangue.
Perda de peso inexplicada
Se uma criança está perdendo peso mesmo comendo normalmente ou até mesmo mais do que o habitual, isso pode ser um sinal de diabetes.
Fadiga e fraqueza
O diabetes afeta o metabolismo energético do corpo, o que pode levar a fadiga e fraqueza persistentes.
Mudanças de humor e irritabilidade
Oscilações nos níveis de açúcar no sangue podem afetar o humor da criança, deixando-a irritável, impaciente ou até mesmo deprimida.
Infecções recorrentes
Infecções frequentes, como infecções urinárias ou de pele, podem ser um sinal de diabetes pediátrico.
Feridas que demoram a cicatrizar
Cortes, arranhões ou feridas que levam mais tempo do que o normal para cicatrizar podem indicar problemas de controle glicêmico.
É importante ressaltar que esses sintomas podem variar de criança para criança, e a presença de um ou mais deles não significa necessariamente que a criança tenha diabetes. No entanto, quando os sintomas são observados, os responsáveis devem buscar um pediatra para obter o diagnóstico adequado e, se necessário, iniciar o tratamento.
O diagnóstico é realizado através de exames de sangue para verificar os níveis de glicose circulante, que devem ser inferiores a 99 mg/dL em jejum. Valores superiores podem ser indicativos de diabetes.
Tratamento
O primeiro passo do tratamento é incentivar um estilo de vida saudável para a criança, como a prática regular de atividades físicas e uma alimentação equilibrada, que deve ser orientada por um nutricionista. É importante que toda a família esteja comprometida com o sucesso do tratamento, evitando levar para casa doces ou alimentos que sejam contraindicados.
No caso do diabetes tipo 1 em crianças, além da alimentação saudável e da prática de exercícios, também é necessário a aplicação diária de injeções de insulina, conforme a orientação do médico endocrinologista. Além disso, os níveis de glicose no sangue devem ser aferidos diariamente, antes e após as refeições, para manter o controle adequado e prevenir complicações de saúde a curto e longo prazo.
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