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Análogos de GLP-1: uma revolução no tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2

Com o crescimento do número de casos de diabetes e obesidade no mundo nos últimos anos, surgiu-se a necessidade de desenvolver novas terapias mais eficazes, capazes de obter uma melhor resposta terapêutica e elevar a qualidade de vida de mais pacientes.

Apesar da alimentação equilibrada e a prática regular de atividades físicas serem grandes aliadas no tratamento das duas doenças, muitas vezes, também é necessário o uso de medicações específicas que aumentem a sensibilidade das células à ação da insulina, no caso do diabetes tipo 2, e que auxiliem no processo de emagrecimento.

O GLP-1 (Glucagon-like Peptide-1)  

O peptídeo semelhante a glucagon 1 ou GLP-1 é um hormônio produzido pelas células da parede intestinal durante o processo absortivo dos nutrientes, que atua no sistema digestivo, reduzindo o esvaziamento gástrico. Ele também aumenta a secreção da insulina e atua diretamente no sistema nervoso central, sinalizando que estamos saciados.

A duração do efeito desse hormônio no organismo é de apenas 2-3 minutos, logo, a sensação de fome passa e a velocidade de esvaziamento gástrico tende a aumentar novamente. Neste sentido, os pesquisadores desenvolveram uma substância de ação semelhante ao GLP-1 e, assim, conseguiram prolongar os seus efeitos no corpo humano. Essas substâncias são os análogos de GLP-1.

Análogos de GLP-1

Os análogos de GLP-1 estão sendo desenvolvidos há aproximadamente duas décadas pelas indústrias farmacêuticas. Eles são medicamentos que foram pesquisados inicialmente para o diabetes tipo 2, mas após um tempo descobriram o seu enorme potencial para o tratamento da obesidade e sobrepeso.

Eles agem de forma semelhante ao hormônio natural GLP-1, já que possuem uma estrutura química muito parecida. Entretanto, nós não precisamos estar alimentados para eles agirem e seu tempo de ação no organismo é bem maior (entre 8 a 12 horas).

Como o diabetes e a obesidade são doenças que costumam andar juntas, o tratamento com medicamentos análogos ao GLP-1 tem mostrado resultados bastantes satisfatórios. Dentre os mais conhecidos estão a Liraglutida, Semaglutida e Dulaglutida.

Tratamento do Diabetes Tipo 2

O diabetes mellitus tipo 2 atinge cerca de 312 milhões de pessoas no mundo, sendo um dos principais fatores de risco para a manifestação de doenças cardiovasculares. Se não tratado adequadamente, ele pode aumentar de 2 a 4 vezes o risco de um acidente vascular cerebral (AVC), podendo provocar eventos fatais.

Ao contrário de outros medicamentos antidiabéticos, os análogos de GLP-1 são administrados por via subcutânea. Eles atrasam o esvaziamento gástrico, reduzindo a glicemia pós-prandial, estimulam a secreção de insulina e inibem a secreção do glucagon (hormônio que eleva a glicemia), sendo capazes de reduzir o surgimento e a progressão das complicações crônicas do diabetes.

Tratamento da obesidade

Diferentemente do que muitos pensam, a obesidade não é apenas uma condição física, ela é considerada uma doença crônica, que se caracteriza principalmente pelo excesso de gordura corporal. Segundo o Ministério da Saúde, em pouco mais de 10 anos, o número de pessoas obesas cresceu quase 70%, tornando a doença um problema de saúde pública.

Se usados continuamente e em conjunto com hábitos de vida saudáveis, os análogos de GLP-1, sobretudo a Liraglutida, demonstraram ser opções terapêuticas seguras e eficazes para a redução de 5 a 15% do peso corporal. Com sua ação de retardamento do esvaziamento gástrico, eles prologam a sensação de saciedade, contribuindo, assim, para a perda de peso.

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