O Brasil tem potencial para ser referência no mercado de pesquisa clínica global. Entretanto, há vários desafios a serem superados para que isso se concretize. Essa é uma etapa crucial no desenvolvimento de novas terapias e medicamentos, e o país pode contribuir com os avanços internacionais, contando com voluntários diversos e uma estrutura em saúde.
Entre as barreiras que dificultam a participação está a burocracia, já que o processo de aprovação de estudos clínicos é complexo e demorado. Isso pode desencorajar empresas e pesquisadores, aumentando significativamente os custos e o tempo necessário.
Além disso, há desafios em relação à infraestrutura. Embora o Brasil tenha muitos hospitais e centros de pesquisa de alta qualidade, há áreas do país que são subdesenvolvidas e têm pouca infraestrutura de saúde — dificultando o recrutamento de voluntários.
Conhecendo os desafios
Mesmo com muitas ideias e a vontade de fazer diferente, existem alguns obstáculos que devem ser questionados. Além do processo jurídico e estrutura, a falta de financiamento também compromete os resultados.
Embora o país tenha um sistema de saúde público abrangente, a maioria dos recursos é direcionado para o atendimento aos pacientes, deixando a pesquisa de lado. Isso pode dificultar a realização de estudos clínicos de alta qualidade.
Além disso, a falta de regulação efetiva em algumas áreas desencoraja empresas. A ausência de transparência e a corrupção podem ser problemas sérios, afetando a confiança das instituições — isso também impacta nos estudos clínicos.
E quais são os pontos positivos?
Apesar dos desafios, há algumas iniciativas para aumentar a participação do Brasil no mercado de pesquisa clínica global. O governo tem trabalhado para simplificar o processo de aprovação, reduzindo o número de etapas e consolidando as autoridades envolvidas — processo mais atraente para empresas e pesquisadores.
Além disso, há ações para aumentar os financiamentos. O Ministério da Saúde conta com um programa para amparar projetos de pesquisa em áreas prioritárias, como doenças negligenciadas e saúde materno-infantil. Isso pode ajudar a criar uma infraestrutura robusta.
Temos uma população diversa e unidades relativamente avançadas, pontos atrativos para organizações e pesquisadores. Há um grande potencial para descobertas significativas em áreas com doenças características de cada região e outras condições que afetam a população brasileira.
Para o país poder se consolidar, é preciso que as iniciativas em andamento continuem e que novas medidas sejam adotadas para superar os desafios restantes. O governo brasileiro, empresas e organizações de pesquisa devem trabalhar juntos para criar uma infraestrutura suficiente, simplificar os processos de aprovação e regulação, além de investir nos financiamentos.
O fato de ser um dos países com o maior número de pesquisas na América Latina também é algo importante. Após os estudos sobre a Covid-19, diversos mercados passaram a enxergar uma oportunidade no Brasil. Com o uso da tecnologia e a conscientização da população, temos tudo para ser um polo das novas soluções e medicamentos.
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